sexta-feira, 10 de julho de 2009

AS NOVAS TECNOLOGIA E A MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA

Este post visa fazer uma reflexão sobre um vídeo que a docente propôs para análise. Esse vídeo pretende alertar, no meu entender, para a massificação do uso das novas tecnologia. Assim, se é inegável e incontornável o fascínio que sobretudo os jovens nutrem pelas novas tecnologias, temos de explorar essas ferramentas, convertendo algumas das suas potencialidades colocando-as ao serviço da educação. Desta forma, é possível transformar algumas dessas ferramentas em excelentes instrumentos de trabalho/estratégias pedagógicas, quer para professores quer para os alunos. Estes potenciais recursos e estratégias pedagógicas permitem não só maior diversidade como também promovem um sistema de ensino-aprendizagem mais estimulante e aliciante, sobretudo para os alunos. Assim, ao promover o gosto pela aprendizagem, ou seja, em que o aluno esteja motivado para a realização da tarefa não só porque lhe permitirá atingir melhores resultados escolares (valor extrínseco), mas também porque sente prazer/satisfação na sua realização, está a promover a motivação intrínseca. Aliás, os investigadores defendem que a novidade, a variedade e carácter lúdico das tarefas podem ser usados como fonte de motivação intrínseca[1]. A promoção da motivação, sobretudo da intrínseca, no contexto escolar é fundamental para o sucesso dos alunos. Isto porque, o desempenho dos alunos não resulta apenas de factores intelectuais, as variáveis motivacionais são também determinantes (se não as mais importante) para o sucesso do aluno. Os alunos intrinsecamente motivados têm uma forma de pensar e agir que optimizam a aprendizagem na medida em que tomam a iniciativa, enfrentam os desafios, demonstram entusiasmo, curiosidade e interesse relativamente à aprendizagem. De referir também que estes alunos tendem a usar mais estratégias cognitivas e metacognitivas que resultam numa aprendizagem mais profunda.[2] Nesse sentido, os professores deverão adoptar todas as estratégias que estão ao seu alcance na promoção dessa motivação intrínseca. Contudo, deverão ter o especial cuidado em não desviar a atenção para os objectivos centrais das tarefas/actividades a realizar.
Por outro lado, se a nossa sociedade decidiu que temos
de dedicar mais de duas décadas à vida académica, vamos tornar o percurso o mais agradável possível. Estudar não tem de ser propriamente um sacrifício, uma “seca”. Está nas nossas mãos transformar este processo numa actividade aprazível. Penso que as novas tecnologia podem e devem dar o seu contributo.

CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:
[1] In apontamentos facultados pela docente da unidade curricular de Psicologia da Motivação e da Aprendizagem, Prof. Doutora Susana Caires (aula 6/7, 2008/2009).
[2] Idem, (aula 9).
Imagem:
http://emersonnolasco.blogspot.com/2007/05/computador-expe-crianas-leses.html

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