terça-feira, 28 de julho de 2009

O IDEAL NEOLIBERAL E A SUPOSTA SOCIEDADE DO MÉRITO

A sociedade do mérito só poderá implantar-se quando essa sociedade proporcionar a todos uma igualdade de oportunidades. Na verdade, na sociedade actual singram, grosso modo, não os que têm mais mérito para… mas sim os que têm mais oportunidades para….
Assim, quando a sociedade puder garantir a todos a mesma igualdade de oportunidades que, como sabemos, são negadas a muitos logo à nascença, aí sim, será legítimo falar e promover a sociedade do mérito. A criação deste modelo de sociedade neoliberal só fará sentido quando estiver implantada a sociedade da igualdade de oportunidades.

O OBJECTIVO ÚLTIMO DO SER HUMANO

“(…) quanto mais vejo o mundo, mais claro se torna que qualquer que seja a nossa situação, quer sejamos ricos ou pobres, educados ou não, qualquer que seja a nossa “raça”, género, ou religião, todos desejamos ser felizes e evitar o sofrimento. Todas as nossas acções intencionais podem ser vistas como respostas à grande questão com a qual todos somos confrontados: como alcançar a felicidade?[1]

[1] Dalai-Lama In Ética para o Novo Milénio, Circulo de Leitores, 1999.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"O QUE TEM COMEÇO, TEM FIM." (Maquiavel)

Este post marca o fim de um curto ciclo de aprendizagens no âmbito da unidade curricular de Tecnologia Educativas. Tendo este Blog surgido nesse contexto, este funcionou como plataforma para algumas reflexões sobre várias temáticas relacionadas com o mundo tecnológico assim como para publicação de alguns trabalhos.
Fazendo um pequeno balanço da unidade curricular, penso que as aprendizagens aqui adquiridas traduzem-se numa mais-valia para os futuros professores. Estas, como já fui referindo ao longo deste Blog, promovem um sistema de ensino-aprendizagem mais motivante, mais criativo, mais diversificado e mais aprazível. Não podemos esquecer que o objectivo último do ser humano é atingir a felicidade. Sem esta, tudo o resto deixa de fazer sentido, torna-se inútil.
Resta-me deixar os meus agradecimentos à docente da unidade curricular, a Prof. Doutora Maria João Gomes, assim como a todos os meus visitantes.

A DESPEDIDA NÃO É O FIM...É ANTES O INÍCIO DE UMA NOVA PARTIDA.
ATÉ SEMPRE!

A WEBQUEST, A PROCURA DE UMA SOLUÇÃO INTERMÉDIA

Como já foi referido em posts anteriores, não é possível negar que a sociedade em geral e os jovens em particular estão rendidos às novas tecnologias, sobretudo as relacionadas com a WWW. Esta ferramenta informática permite aceder de forma rápida a uma multiplicidade de fontes de informação, sendo que esta pode ser boa ou má, positiva ou negativa. Conscientes desta realidade, e perante a necessidade de orientar os jovens na pesquisa, exploração, selecção e tratamento dessa informação, criou-se a WebQuest. Aliás, contrariamente a outras ferramentas digitais anteriormente abordadas, esta foi criada a pensar no sistema educativo. Esta estratégia educativa foi criada em Fevereiro de 1995 pelo Professor da Universidade de São Diego, Bernie Dodge, em colaboração com o seu ex-aluno Thomas March.
Para desenvolver uma WebQuest é necessário criar um
site que pode ser construído com um editor de HTML, serviço de blog ou até mesmo com um editor de texto que possa ser salvo como página da Web. A WebQuest, para ser considerada como tal, deverá constar de uma Introdução, Tarefa, Processo, Recursos, Avaliação e Conclusão.
Como já ficou claro com o Magalhanês, se é um facto que as novas tecnologia são imprescindíveis nos dias de hoje, estas não devem ser excluídas nos primeiros anos da aprendizagem. Os alunos devem ser educados, o mais precocemente possível, para a sua correcta utilização. Eles devem ser sensibilizados, não só para as suas potencialidades no seu processo de aprendizagem, mas também para os seus perigos. Ficou também claro que, não obstante essas necessidades, não devemos cair em radicalismos (a tal solução intermédia de que falei num post anterior), sendo que a sua utilização deve ser conciliada com o recurso a outras ferramentas e estratégias pedagógicas consideradas/entendidas como mais tradicionais. É neste contexto que penso enquadrar-se esta ferramenta, já que, não obstante processar-se com o recurso à internet, através desta, podemos desenvolver um tipo de actividade que, no meu entender, urge fomentar, ou seja, os trabalhos de grupo/equipe.
A escola deve preocupar-se com a formação do carácter do indivíduo, o saber ser, e, sobretudo, com a sua integração na sociedade, que as novas tecnologias vieram dificultar, na medida em que as pessoas tendem a isolar-se, até nos contactos que fazem, já não são pessoais mas sim à distância e de forma virtual (chats, etc).
No sentido de se colmatar esta gravosa tendência, penso que as escolas/professores devem promover todo o tipo de convívio, nomeadamente na promoção da realização de trabalhos de grupo, obrigando-os a vivenciar o real e não tanto o virtual, a conviver com pessoas e não tanto com máquinas.
Assim, através da realização de trabalhos em grupo, é possível desenvolver outra competência, que, no meu entender, é de primordial importância, a convivência social. É no sentido desta socialização que o grande pedagogo Roger Cousinet defende e privilegia o método de trabalho em grupos, já que permitem ao educando desenvolver e exercitar determinadas competências necessárias à convivência social como conversar, discutir, partilhar, ajudar, dividir tarefas, jogar, respeitar, responsabilizar, entre outras. Desta forma, é possível criar e desenvolver um conjunto diversificado de saberes/competências transversais e estruturantes a qualquer grupo/contexto social, o familiar, profissional, político, religioso, entre outros, facilitando a sua integração em qualquer um desses grupos.
Na verdade, se não é possível ao ser humano abstrair-se da sua condição enquanto Ser social, este deve aprender, o mais precocemente possível, a viver nessa condição, aprendendo a ultrapassar os desafios e dificuldades inerentes à vida em sociedade. Deve aprender a tirar partido daquilo que a sociedade tem de melhor para oferecer, aprendendo a discernir de forma adequada entre os múltiplos estímulos (bons e maus) que a sociedade apresenta. Por outro lado, no âmbito dos trabalhos em grupo, aprende a contribuir para essa mesma sociedade na medida em que aprende a colaborar, partilhar com os seus companheiros, e, desta forma, procede a uma aprendizagem da vida social.
Na verdade, no mundo em que vivemos, tendencialmente mais individualista, agravado, como já foi referido, pelas potencialidades das novas tecnologias, urge, hoje mais do que nunca, explorar este tipo de actividade. Posto isto, os professores devem, sempre que possível, promover a realização de trabalhos em grupo. Porém, no sentido de evitar outro novo fenómeno, ou seja, a realização de trabalhos de grupo efectuados através da Internet, os professores devem criar as condições que garantam a sua efectiva realização, fazendo, nomeadamente, com que estes se realizem em contexto de aula.

BIBLIOGRAFIA
COUSINET, Roger (1978). A Escola Nova, 4ª edição
http://www.portalwebquest.net/
IMAGEM:· http://zunal.com/conclusion.php?user=30503

AS NOVAS TECNOLOGIA E A MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA

Este post visa fazer uma reflexão sobre um vídeo que a docente propôs para análise. Esse vídeo pretende alertar, no meu entender, para a massificação do uso das novas tecnologia. Assim, se é inegável e incontornável o fascínio que sobretudo os jovens nutrem pelas novas tecnologias, temos de explorar essas ferramentas, convertendo algumas das suas potencialidades colocando-as ao serviço da educação. Desta forma, é possível transformar algumas dessas ferramentas em excelentes instrumentos de trabalho/estratégias pedagógicas, quer para professores quer para os alunos. Estes potenciais recursos e estratégias pedagógicas permitem não só maior diversidade como também promovem um sistema de ensino-aprendizagem mais estimulante e aliciante, sobretudo para os alunos. Assim, ao promover o gosto pela aprendizagem, ou seja, em que o aluno esteja motivado para a realização da tarefa não só porque lhe permitirá atingir melhores resultados escolares (valor extrínseco), mas também porque sente prazer/satisfação na sua realização, está a promover a motivação intrínseca. Aliás, os investigadores defendem que a novidade, a variedade e carácter lúdico das tarefas podem ser usados como fonte de motivação intrínseca[1]. A promoção da motivação, sobretudo da intrínseca, no contexto escolar é fundamental para o sucesso dos alunos. Isto porque, o desempenho dos alunos não resulta apenas de factores intelectuais, as variáveis motivacionais são também determinantes (se não as mais importante) para o sucesso do aluno. Os alunos intrinsecamente motivados têm uma forma de pensar e agir que optimizam a aprendizagem na medida em que tomam a iniciativa, enfrentam os desafios, demonstram entusiasmo, curiosidade e interesse relativamente à aprendizagem. De referir também que estes alunos tendem a usar mais estratégias cognitivas e metacognitivas que resultam numa aprendizagem mais profunda.[2] Nesse sentido, os professores deverão adoptar todas as estratégias que estão ao seu alcance na promoção dessa motivação intrínseca. Contudo, deverão ter o especial cuidado em não desviar a atenção para os objectivos centrais das tarefas/actividades a realizar.
Por outro lado, se a nossa sociedade decidiu que temos
de dedicar mais de duas décadas à vida académica, vamos tornar o percurso o mais agradável possível. Estudar não tem de ser propriamente um sacrifício, uma “seca”. Está nas nossas mãos transformar este processo numa actividade aprazível. Penso que as novas tecnologia podem e devem dar o seu contributo.

CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:
[1] In apontamentos facultados pela docente da unidade curricular de Psicologia da Motivação e da Aprendizagem, Prof. Doutora Susana Caires (aula 6/7, 2008/2009).
[2] Idem, (aula 9).
Imagem:
http://emersonnolasco.blogspot.com/2007/05/computador-expe-crianas-leses.html

PARTILHAR CONHECIMENTOS

Tal como o vídeo anterior, este também foi realizado juntamente com o João e o Ricardo, no âmbito da unidade curricular de Introdução à Geografia. Aqui, também foi pretensão nossa aproveitar os conhecimentos adquiridos nesta unidade curricular e proporcionar uma apresentação mais original, mais diversificada e mais apelativa. Foi também uma oportunidade para dar a conhecer aos nossos colegas e docente dessa unidade curricular, algumas destas ferramentas digitais.
Aqui, a apresentação do trabalho sobre o Vulcão dos Capelinhos constou de uma prévia apresentação sobre o vulcanismo, esta feita em power-point, ao que se seguiu a apresentação do caso particular do Vulcão dos Capelinhos com o Vídeo acima publicado
.

DIVERSIFICAR ESTRATÉGIAS




O vídeo publicado neste post, intitulado "O Insucesso Escolar", foi realizado juntamente com os meus colegas Ricardo e João no âmbito da unidade curricular Psicologia da Educação e da Aprendizagem. Este vídeo, de cerca de 1,14 minutos, funcionou como nota introdutória na apresentação de um trabalho sobre o estudo auto-regulado. Assim, a prévia apresentação do vídeo serviu para introduzir o tema, retratando o estado da educação/ensino em Portugal, alguns indicadores dentro da Europa, a questão do insucesso, e, por último, as causas que poderão estar na sua origem. Entre estas, importa aqui relevar as relacionadas com os métodos de estudo, problema para o qual a escola pode e deve ter soluções. Após esta breve introdução em vídeo, a apresentação do trabalho seguiu-se com o recurso a um power-point, que serviu de apoio à abordagem do tema propriamente dito, ou seja, os métodos de estudo. Desta forma, foi possível explorar e exercitar alguns conhecimentos adquiridos nesta unidade curricular, fazer uma apresentação mais original e apelativa. Foi também possível concluir que, através de um pequeno vídeo, é possível transmitir grandes/profundas mensagens. Esta pode ser uma estratégia para lançar um debate sobre múltiplas temáticas, sugerir uma reflexão crítica, entre outras. Aliás, esta foi uma das estratégias adoptada pela docente desta unidade curricular, a Prof. Doutora Maria João Gomes.

O SOCIAL BOOKMARKING, UMA BIBLIOTECA DIGITAL

O Social Bookmarking é um sistema de bookmarks (também conhecido como favoritos ou marcadores) online, público e gratuito, que permite criar a nossa lista de favoritos na Internet à qual podemos aceder a partir de qualquer computador com acesso à Net. Através desta ferramenta é também possível partilhar a nossa lista com outros utilizadores. Através das tags é possível pesquisar quer nas nossas tags, quer nas tags dos outros utilizadores. Deste modo, podemos encontrar pessoas com os mesmos interesses e aceder a novos sites relacionados com o mesmo assunto, promovendo, desta forma, uma partilha e cooperação em rede.
Para informações mais detalhadas sobre o assunto clique em http://pt.wikipedia.org/wiki/Delicious

CIBER-OPORTUNIDADES "VERSUS" CIBER-PERIGOS

A WWW constitui uma inegável fonte de oportunidades aos mais diversos níveis. Exemplificando: a nível económico, oportunidade de negócios/novos mercados; a nível social, igualdade de oportunidades de acesso a informação até então limitada a grupos privilegiados; A nível político, oportunidades de opinar e intervir; A nível cultural, oportunidade de aceder e visitar vários museus, ainda que de forma virtual; A nível tecnológico, aceder a informação e ferramentas digitais.
Porém, constitui também uma fonte de oportunidades para o ciber-bullying, a ciber-fraude, o ciber-plágio, a ciber-pedofilia, (etc) e a ciberomania.
Desta forma, a WWW traduz-se numa dualidade de oportunidades, negativas e positivas. Oportunidade para aprender, conhecer, fazer, partilhar, socializar, visitar, solidarizar, ajudar, participar, informar, expressar, intervir, denunciar, visitar, casar, namorar, ganhar, jogar, cumprir, divertir, contribuir, construir, mas também injuriar, desintegrar, isolar, caluniar, insultar, desonrar, plagiar, desviar, roubar, desinformar, violar, enganar, destruir, deprimir, mentir, agredir, e, até……..matar. Mas, como diz o ditado popular "para grandes males, grandes remédios", neste caso, o grande "remédio" passa
por informar, sensibilizar, esclarecer, alertar, discernir, responsabilizar, (etc), ou seja, ....educar.

Quadros Interactivos, as Salas do Futuro ou Presente?

O Quadro Interactivo surge em substituição dos tradicionais quadros negros e de tinta. Este constitui uma superfície que pode reconhecer a escrita electronicamente, necessitando, para isso, de um computador. Estes podem ser utilizados não só em sala de aulas mas também escritórios, entre outros. Alguns quadros interactivos permitem também a interacção com uma imagem de computador projectada. Os quadros electrónicos são usados para capturar apontamentos escritos na superfície do quadro, utilizando canetas próprias e/ou para controlar (seleccionar e arrastar) ou marcar notas ou apontamentos numa imagem gerada por computador e projectada no quadro através de um projector digital.
O quadro interactivo pode controlar o computador através de sensores existentes nesse quadro que permitem atrair o cursor do rato para essa superfície. Existem três tipos diferentes de quadros interactivos com diferentes formas de exercer controlo sobre o computador, os electromagnéticos, os sensíveis ao toque e os infravermelhos.
Esta plataforma liga-se ao computador por USB, pela porta de série ou por Bluetooth. Os videoprojectores que são usados nos quadros interactivos podem também ser ligados a um leitor de vídeo ou a um leitor de DVD tornando desnecessário a existência de telivisão numa sala de aulas. Através desta plataforma é possível gravar todos os trabalhos aí desenvolvidos, assim como, apontamentos dos professores que podem ser revistos em qualquer momento. Esta função é bastante vantajosa não só para os professores que podem rever o desempenho dos alunos, mas também para os alunos que por qualquer razão não puderam assistir às aulas. Toda esta informação fica gravada em ficheiros onde constará a apresentação exacta da matéria que ocorreu na sala de aula, assim como as instruções dadas pelo professor em formato áudio. Tudo isto pode ajudar a transformar a aprendizagem e a cimentar os conhecimentos adquiridos.
A propósito dos quadros interactivos, penso ser este um processo que se enquadra nas tais medidas radicais de que falei num post anterior, na medida em que constitui uma reforma para a qual a sociedade ainda não está devidamente preparada. A ausência de formação e preparação dos seus utilizadores, mais concretamente dos professores, resulta numa clivagem entre os custos que tal investimentos implicou e o seu efectivo aproveitamento.