domingo, 17 de maio de 2009

PRÓS E CONTRA, O CAMINHO PARA UMA SOLUÇÃO INTERMÉDIA

São visíveis, ainda, algumas resistências relativamente ao uso das novas tecnologias no contexto escolar. Várias poderão ser as razões apontadas para tais resistências, nomeadamente o desconhecimento das suas reais potencialidades, o receio que estas promovam o desaparecimento de determinados valores, a desumanização da sala de aulas, entre outras.
Estas resistências não são novas, elas estiveram sempre presentes em todos os momentos em que se operaram reformas aos mais diversos níveis. No entanto, penso que essas resistências, embora muitas vezes geradoras de conflitos (velho/novo; tradicional/moderno; conservador/inovador; etc.), podem ser benéficas e até necessárias, já que permitem, de certa forma, alguma filtragem das propostas inovadoras, evitando-se mudanças radicais.
Na verdade, quer o fenómeno da globalização, quer as potencialidades
proporcionadas pelas novas tecnologias, às quais se atribui a emergência da Era da Informação, provocaram um acelerar dos processos de mudanças sociais. Desta forma, estas resistências impedem que estas mudanças se processem de forma abrupta, permitindo um desacelerar e até filtrar das múltiplas propostas de reformas, facilitando uma adaptação gradual e equilibrada a essas alterações. Obrigam, pois, à adopção de soluções intermédias.
A este propósito, Phenix defende que o currículo deveria ser elaborado com especial cuidado, considerando que este deveria ser planificado de forma a opor-se a determinados fenómenos, entre os quais se destaca o cepticismo, a despersonalização, a fragmentação e, aquele que importa neste contexto relevar, as transformações rápidas.
[1]
BIBLIOGRAFIA
[1] In PARASKEVA, J. (2007). Ideologia, Cultura e Currículo. Lisboa: Plântano Editora, S.A., p.152.

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